Floresta dos perdidos;

Cheguei ali, naquele lugar estranho. Em vez de me desesperar, subi em uma árvore e comecei a tocar "Not far away", de Jenette McCurdy.
Fitei o céu, e chorei em silêncio enquanto cantava.

Eu cheguei ali, e comecei a tocar e cantar "Not far away", de Jennette McCurdy, enquanto caminhava e fazia terremotos de acordo com as notas.
Aquele lugar era legal, quando você não está desesperado.

Meu cabelo voava ao vento, eu andava, tocando violão. E cantava. Agora "Stronger", da mesma cantora. Até que apareceram cinco feiticeiros, e me jogaram contra uma árvore.
- Quem são vocês? O que querem? - Perguntei, amedrontada.
- Você nunca descobrirá quem somos. E tudo o que queremos é a sua morte. - Disse o mais alto, provavelmente o líder.
Me lembrei dos terremotos que fazia com o violão. Toquei as cordas, e um cara baixo disse, pouco antes do terremoto:
- A garotinha gosta de violão? Ótimo, mas será que consegue tocar... - Ele não terminou a frase, o terremoto o derrubou.
- Sua garotinha idiota! Te pegaremos de qualquer jeito! - Comecei a tocar mais ainda. Mas não adiantou. Havia um feiticeiro da terra entre eles, e ele disse:
- Eu dou um jeito nela! Fiquem tranquilos! - E direcionou um terremoto para mim.
Naquela hora, toquei desesperadamente, e me colar brilhou. A pedra verde brilhou como nunca antes. E eu abri uma fenda no chão entre eu e eles. Eles usaram todos os elementos contra mim. E finalmente, um deles usou todos de uma vez. O mais alto. E fez uma espécie de jaula com todos os elementos. Eu estava presa.
Meu colar ainda brilhava, e eu usei meus poderes para atrasa-los. Precisava de ajuda. Mas quem me ajudaria?

Ninguém me ajudaria. Resolvi me virar.
Aquele cara era um benedictus. Então eu precisava usar tudo o que eu sabia.
Fui lendo sua mente, uma coisinha que sabia faz tempo... E também não usava faz tempo.
Logo eu cheguei no portal, e passei segurando a corta.

Quem sou eu? O que estou fazendo aqui?
Forçei meus pensamentos, e logo me lembrei das respostas:
Sou Margaret Cristiene Shadowcat. Sou uma feiticeira. Caí para trás.
Pensei melhor.
Era uma feiticeira.
Era só isso que eu lembrava.
Algo me fez continuar andando.
Eu andei vários quilômetros, e não olhei para trás.
Agora seria regra: Eu teria uma nova vida. Como uma mortal. E não tentaria me lembrar.
Alguém que eu amava queria que eu esquecesse, e eu esqueceria.

Eu caminhava, perdida em meus pensamentos, tentando esquecer de um passado de que nunca me lembrei. Tentando lembrar de alguém que nunca esqueci.
E tentando lembrar do porque eu estava com medo.
De repente, me lembrei, mas já era tarde demais. Eu estava cercada. Por feiticeiros.
Eu sentia dor. A dor das queimaduras, a dor das correntes me puxando de um lado para o outro, a dor que um tornado pode causar.
Mas não senti a terra me corroendo. A destruição que ela me causava era boa.
Sim, isso é muito estranho.
Então me lembrei da única pessoa que eu tinha certeza que me ajudaria. E me lembrei dos mínimos poderes que Cassandra me dera quando desmaiei, e os usei para levar uma mensagem a Dakota.
- Socorro, Dakota!
Por fim, eles me deixaram quase morta, no chão, para morrer devagar e dolorosamente.
Tudo o que pude fazer foi acreditar. Acreditar que eu sobreviveria. Acreditar que Dakota me ouviria.
Acreditar que tudo ficaria bem, apesar de eu estar me contorcendo de dor no chão.
Rastejei até debaixo de uma árvore, e desmaiei.

Eu via apenas escuridão. Até ouvir uma voz...
Dakota!
Abri levemente os olhos ao sentir minha energia voltando. A escuridão foi se dissipando.
- Onde estou? - Senti um arrepio quando me lembrei o que tinha acontecido - Onde eles estão? Algum deles está aqui?

- Eles... Os feiticeiros... Um da terra, um do ar, um da agua, um do fogo e um benedictus... Eles queriam vingança. Perderam da última vez. E agora... - Senti minha memória voltando, mas semi-bloqueada - Preciso sair daqui... Eles vão saber que estou aqui. Eles vão voltar. Eles vão voltar! - Vi um vulto em um canto. O manto. Era um deles - Eles sabem. Eles sabem que estou viva. Eles não vão desistir. Eles já nos viram. Precisamos correr!

Corremos bastante, mas era tarde demais. Estavamos ceracadas. Os mantos negros cobriam seus corpos. Só tinha dois jeitos de vencermos.
- Ou você me deixa aqui, ou me passa um pouco dos seus poderes. O que você escolhe? - Murmurei para ela.

Senti a terra correr de novo em minhas veias, e olhei para Dakota.
Combinando a Terra com o Fogo, seriamos invencíveis.
Fiz vários terremotos. Me concentrei para que algumas plantas os engolissem. Cuidei do da Terra e do da Agua, e eu e Dakota dividimos o Benedictus.
Quando vencemos, estávamos exaustas, e nos jogamos no portal.